Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

30.5.10

Uma foto, muitas lembranças, gente que fazia e faz a história de O REBATE

CLIQUE NA FOTO QUE APARECEM ESTAS LINDAS MENINAS QUE FAZIAM AS CABEÇAS DOS JOVENS MACAENSES NOS ANOS 60 (José Milbs editor de O Rebate)


Sempre é bom recordar fatos e fotos que marcaram a vida de uma cidade. Macaé é igual a todas elas. Aqui se formaram e se formam o ciclo de vida e vivências. São pessoas simples que, na simplicidade de um mundo alegre e bucólico fazem com que renascem histórias que são passada de pai para filhos e de mães para filhas. Agradeço a jovem Bia barreto & Barreto que me mando este jóia de fotografia que foi tirada, nos anos 60, em frente ao Colégio Luiz Reid.

26.5.10

El tiempo pasa, eles passarão eu passarinho Uma coisa é certo: Quem não capitula é Rei...

(Click na foto para ampliar)


Jayro Ramalho, presente:
TRIBUTO A UM LIDER DA CLASSE OPERÁRIA/FERROVIÁRIA NA REGIÃO DE PETRÓLEO DO RJ.


Jayro Ramalho recebeu, no ano de 1987, na edição de número 2449, datada de 17 a 18 de junho, uma justa homenagem de "O REBATE". Nesta época o jornal tinha passado para tr-semanal em sua edição em papel. Era um esforço lindo e grandioso de meu filho Luiz Cláudio Gama que, liderando um grupo de jovens gráficos e colunistas, colocava na região um jornal livre, robusto e de total voltamento para as causas populares.
Escrevia uma coluna de capa de nome "DO COTIDIANO". Por conhecer a pessoa de Jayro ramalho em minhas andanças pelas oficinas de Imbetiba, quando, aos 13 anos, fazia o curso de Torneiro Mecânico e Ajustador, aprendi a admirar muitos dos "mais velhos". Jayro era um desde que trazia na face e na fala a certeza que jamais iria capitular em suas idéias revolucionária.
Não havia em mim nada de conhecimento teórico que pudesse fazer crer nos olhares profundamente limpidos que podia sentir nos poucos contatos que tive com este velho ferroviário dos anos 60...
Escrevi em 1987: " Numa época em que as homenagens tem o cheiro da bajulação e da subserviencia ao poder é muito bom saber que os ferroviários, homens que deram a existência pelo progresso de Macaé e do país, prestam um reconhecimento ao um ex colega falecido. Justa e gratificante quando ela é embasada na figura humana e sem mácula que foi o senhor Jayro Ramalho". (parte de meu texto ai acima gravado para a psteridade oriundo de nosso convênio do o Google/o rebate )
E,continuei assim: " Jamais será esquecido pelos seus colegas de oficinas de Campos, Macaé e Barão de Mauá. Soube manter-se sem capitulação. Jayro faleceu no último dia 5 de Maio. Ninguém melhor que Walter Quaresma para presidir tão importante homenagem".
Ao finalizar, "DO COTIDIANO" de 1987, escrevi: " Em nome de toda uma geração macaense que viu esta cidade crescer sob o "Buso" apitado da Estrada de Ferro, Deixo patente:
" Lembrar os bravos é fortalecer-se".
Agradeço a jovem funcionária do CETEP, Valéria Ramalho, sobrinha de Jayro, por me enviar esté lindo exemplar do "O REBATE" que proporcionou reviver este fato tão marcante na vida Jayro, (josé Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com )

Recebi de Valéria Pestana o email que publico e fico grato pelo reconhecimento de um fato que fiz cumprindo a minha missão de jornalista e observador dos fatos.

Querido José Milbs,

Fiquei muito feliz com a publicação da matéria no seu Blog a respeito do meu querido tio Jairo (a quem chamavamos carinhosamente de Zai). Ao relembrar os anos vividos, o Senhor nos trouxe à memória fatos tristes como as perdas com as quais somos obrigados a conviver, mas também nos trouxe as lembranças mais doces da nossa juventude. O tempo parou para que eu pudesse novamente colher os frutos saborosos da nossa tão saudável meninice.
Obrigado por ontem, por hoje e por sempre...um grande beijo na sua alma.

" E para isso fomos feitos, para lembrar e sermos lembrados."

Valéria Pestana

22.5.10

ESCOTEIROS DOS ANOS 50, VELHAS SAUDADES E UMA RODA VIVA NAS MEMÓRIAS QUE PASSAM DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO ATÉ OS ANOS 2010



(Clique nas fotos que elas serão ampliadas. São fotos do Arquivo pessoal de Dunga) Recebi do historiador e Amigo Luiz Cláudio Bittencort - Dunga - uma linda foto dos Lobinhos do ano de 1959. A bocólica Macaé, ainda "Princesinha do Atlântico", que seria eternizada pelo meu amigo Paulinho Mendes Campos, no ano de 1968, por ocasião de sua vinda ao O REBATE, "Macaé Cidade Pura". Esta foto vem carreguda de grandes emoções. Fui Escoteiro no ano de 1949. Tinha 11 anos e sei bem o que significa este email do Dunga:
"Zé, eu considero essa foto uma preciosidade - um tempo de inocência e ar mais puro. A dona Maria Helena era irmã de Fabiano do correio.
Só um não consegui reconhecer nesta fotografia.
Eternize-a, por favor. Dunga". Dunga sabe do convênio mundial que "O REBATE" tem o GOOGLE e já prevê que esta foto será acessada em toda casa que tenha um PCu e que queira saber do belo de ser Escoteiro...
Meus descendentes Filho e netos são Escoteiros. Zé Paulo, meu filho, é Pioneiro e meus netos Mariana, Manuella, Ana Clara e João Pedro já levam, no guardativo de suas jovens memórias,passagens por este mundo encantado de infâncias no Escotismo...
A Praça Veríssimo de Mello era nossa mais linda conquista no soltar de caminhar longe dos olhares maternos e paternos. Havia uma sintonia de liberdade que tomava conta de todas as crianças ao tocar com os pés descalços as gramas e sentir o frescor de suas frondosas árvores, em especial, os Pés de Oitís. A gente fazia "guerra de Coquinhos", alimentava as Peladas que eram jogadas numa de suas quadras nativas e ao ar livre. Jogávamos Bolebas; Papão; Chicotinho Queimado; íamos e vinhamos no Cais do Mercado de Peixes e arriscávamos alguns mergulhos.

Já escrevi um longo textos sobre minha vivência neste periodo em livros que estão on-line na internet para acesso de todos.
EIS O TEXTO QUE TRANSCREVO EM MEMÓRIA DE MUITOS QUE JÁ SE FORAM, COMO SERGIO QUINTEIRO, E ALGUNS, COMO ALEXANDRE HERCULANO DAS CHAGAS VARELLA, JUIZ DE DIREITO QUE CONTINUA NA LUTA.
SER ESCOTEIRO. VER CONCEIÇÃO DO MACABÚ VIRAR CIDADE ...

Criança perguntativa eu sempre fui aos 10, 11 e até aos 14 anos.. Hoje um menino pensativo aos 70 anos. Nas salas de aula sempre ouvia os professores dizer que rio é masculino. Ai eu me curiosizava: Então as cidade estão todas erradas. Barra de São João, que é oriunda da barra do Rio São João, deveria ser Barra do São João. E, Conceição de Macabú, que se origina do Rio Macabú, tinha que ser chamada de Conceição do Macabú. Ai tenho que parabenizar os Baianos que fazem da beleza de sua cultura e sotaque, o belo das inteligências. Lá, é Conceição do Coité, uma cidadezinha que teve um lindo córrego de nome Coité. Soa para mim muito feio ter que falar em Barra de Macaé quando na verdade seria,no meu fraco entender, Barra do Macaé.
Deixando de lado minhas loucuras gramaticais e erros e acertos das histórias da cidades para seus historiadores e vamos falar de meu tempo de Escoteiro e a alegria de ter sido participante, aos 11 anos, da fundação da Cidade de Conceição do Macabú...

I

Foi uma grande festa, o primo de minha mãe Ecila , Milne Evaristo da Silva Ribeiro era vereador em Macaé e representava o distrito de Conceição da edilidade. Nessa época o distrito queria ser independente de Macaé e conseguiu.
Os detalhes técnicos, as vantagens e desvantagens de ser cidade e o que foi de história deixo para os críticos de Conceição de Macabú e seus possíveis historiadores.
Quero me referir a minha ida a essa cidade. Era, se não me engano, um lindo Domingo. A praça tinha uma grande orla de grama e tinha uns 10 anos. Era a 1a vez que deixava a cidade e ia num acampamento de Escoteiro fora de Macaé.
Conceição de(o) Macabú estava comemorando sua Emancipação e os Escoteiros, como eu, iamos lá para as festas. Alugamos caminhão, mães e avós nos preparávam com as roupagens e a gente ensaiava o SEMPRE ALERTA...
Acampamos nessa linda e doce Praça. Éramos uma novidade para as centenas de moradores. A gente ficava todos orgulhosos em conhecer as pessoas que nos vinham olhar. Fazíamos nosso café, ajeitávamos nosso cantil, mexíamos em nossas facas e fazíamos questão de que todos vissem, que “ sabíamos fazer nossa casa” nos paus do acampamento e que também tínhamos prática em lavar e cozinhar. Crianças Macabuenses, que hoje devem estar com minha idade, ficavam horas e horas olhando nosso trabalho e, acho, que muitos ainda estão lá vivos podendo repassar para filhos e netos este encantamento.
Ser escoteiro, estar numa cidade distante e sermos observados fazem parte da felicidade de qualquer ego infantil, ainda mais quando este massageamento no ego é feito por lindas e meigas menininhas, que hoje devem ser senhoras avós de novas e belas meninas Macabuenses.
O escotismo é algo que eterniza uma vivência. Marca de forma linda a idade onde se busca a adolescência num convívio mais livre e com descobertas novas para a vida. Com o tempo é que se pode aquilatar, no potencial das memórias, o quando este espaço tem significado na vida da pessoas. Por isso é que quem foi Escoteiro nunca deixa de SER. Fica no interior o aprendizado que embeleza a busca das curiosidades que nos são posta a prova.

II

‘Um sol meio morno começa a cair sobre a cidadezinha que se emancipara.
Prefeito. vereadores e autoridades são esperadas. Nós, Escoteiros, somos os primeiros a chegar e com isso essa marca infantil permaneceu em minhas lembranças.
Acho que Conceição de(o) Macabú tinha que continuar a habitar minhas memórias, já que desde pequenino ela foi palco de conversas em casa de Chico Lobo, Henrique Daumas, meu avô Mathias Lacerda, Pierre Tavares, e tantos outros que aprendi a ver nas minhas andanças infantis nas casas deles com minha avó Nhasinha (Alice Quintino de Lacerda). E, ainda mais quando ia nas Chácaras dos Almeidas e Pratas, parentes de meu avô Emílio, em Capelinha do Amparo, lugarejo que ficava bem perto de Carapebus que a gente tinha que ir à Cavalo ou em coloridas Charretes. Muitas destas andanças eram feitas com o primo Izolino Almeida...
Muito mais tarde pude conhecer Seu Henrique Daumas na casa de Enedina e Celso. Aí tive a certeza de que gente desse quilate ficam na história. Não se fabricam mais homens da grandisoidade de Henrique Daumas. Seu Henrique, por detrás de seus belos cabelos brancos e seu sorriso puro de menino de interior, me passou muita historia bonita dessa localidade. Com ele, aprendi a gostar mais um pouco de Conceição de(o) Macabú, onde já tinha muitas históorias contadas.
Curiosamente, no final do mês de abril de 2007, na convenção do PT, Partido que fundei em 1978, pude conhecer um de seus descendentes. Adelmo Daumas, médico, inteligente. Sentou-se ao meu lado da reunião. Conversa vai, conversa vem e ele se identicou. Uma feliz coincidencia a presença, 60 anos depois, ao meu lado, de um neto do Pilar da Dignidade Histórica de Conceição de(o) Macabú, Henrique Daumas...

III

A tarde desfilamos, fomos aplaudidos, nos sentimos importantes por estarmos fazendo parte deste momento da historicidade desta linda cidade. A tarde? A tarde/ noite vimos o bonito Sol, que dormia em suas colinas desaparecer suave e feliz.
Pela manhã despedimos de Conceição de(o) Macabú. Era o início dos anos 50, final dos 40. Orlandinho, neto de Sizinando de Souza, Alexandre Herculano, filho do Varela, Orlacy de Dona Oriolanda, Elmo de Pepeu, Francisco Prata Mancebo, de Lacerda Agostinho, Claudio Azevedo de Dona Tita e seu Veira, Bijuca Tinoco, de seu Tinoco da Imbetiba e da Rua do Meio, Sylvio, irmão de Bonga, Sergio de dona Etelvina, Manuelito, que foi para Cedae, Henrique, de seu Arthur, irmão de Marquinho Brochado e Gerusa, Cadinho de dona Mirsis Scheller e Ralf de Adyr, faziam parte desse grupo de escoteiros, que comigo, além, é claro de Paulo Emílio e Marquinho Cauna de seu Alcebiades Azevedo.

IV

Sei que a gente formava um grupo unido e sempre juntos vivemos uma fase boa de uma Macaé que, se eu não se fizer este relato, morre como cidade sem memória. Se não me falha, tinha, na Praça de Conceição. além das casas antigas e bonitas, um bar de nome “Spantemka”, onde um educado senhor tchecoeslovaco, de olhar fixamente infantil e belo, nos atendia com sotaque, para nós curioso e bonito.
Era um desbravador, sempre alegre, nos atendia feliz. E olhe que eram crianças super curiosas. Ele, a todos, dava atenção e carinho. Marcou nossa presença na emancipação de Conceição de(o) Macabú...
AQUI UMA HOMENAGEM AO ESCOTEIRO SERGIO QUINTEIRO CORDEIRO
"MORRE O ESCOTEIRO SERGIO QUINTEIRO DOS ANOS DE 1950

COLUNISTA DO O REBATE NOS ANOS 70 E ESCOTEIRO NOS ANOS 50...
Acabo de saber, por minha amiga Tânia, que o Sérgio Quinteiro Cordeiro acaba de falecer no Rio de Janeiro, vitima de uma aneurisma. Fomos amigos em nossos infâncias, nas ruas empoeiradas e saudosas de uma cidade que está triste.

Sérgio, poeta, cantor, colunista social deste jornal nos anos de 1960, ex Sargento do Exército Brasileiro, solteirão assumido e um dos mais belos exemplos de simpatia e beleza. Sua presença, na Prefeitura Municipal, como funcionário era uma das mais alegres presenças que a todos cativava e fazia brotar o sentimento de solidariedade e amor.
Sérgio Quinteiro tinha dentro de si a sublimação das pessoas carimbadas pela criação. No camdomblé é muito comum estes seres se manifestarem em humanos. Em Sérgio, esta manifestação era no seu dia a dia. Sua fala era a fala do carinho que sonorizava afeto. Perdi um grande companheiro de recordações e de alegres saudades. Sobre ele, escrevi, a alguns meses, este texto que transcrevo:

ODE AO MEU AMIGO E COMPANHEIRO DE ESCOTISMO SERGIO CORDEIRO QUINTEIRO

José Milbs

“Cercada de zinco, cercada de telhas, esta cidade onde todos trabalham....”

Este foi o meu primeiro texto aos 11 anos. Foi no Escoteiro, atendendo o “pedido do chefe”. Não havia rima. Foi a minha primeira visão jornalística de Macaé no final dos anos de 1940. Casas que existiam nas ruas Dr. Bueno (Rua do Meio), Luiz Belegard (Rua da Poça), Sacramento, Agenor Caldas e Rua da Igualdade. Foi de fato à primeira vez que me senti importante. Alguma coisa que eu estava fazendo e que ia sendo repetida pelos meus colegas de Escotismo. A visão das casas dos habitantes de Macaé nesta época veio a minha memória e eu falei escrevendo as casas dos primeiros ferroviários, cercadas de zincos e outros de telas arredondadas. Claro que não agradei ao Chefe dos Escoteiros que, ligado por laços familiares a elite macaense queria algo ligado ao que seus olhos viam e sua mente retratava, Fiquei, daí para frente com uma grande vontade de escrever e por os fatos simples que via para as pessoas lerem. Ao ir para o SENAI, fiz parte do Grêmio Cultural Bruno Lobo e, novamente meu espírito contestador mexia com o poder da Escola. Tinha 13 e, no mural da Escola Ferroviária 8-l Senai, vi meus textos serem lidos pelos meus colegas de turma e ser criticado pela direção do educandário. Fazia=me bem ver isso. Pensava: Como é bom escrever as coisas que a gente sente e as pessoas “diferentes” da gente ficar contra. Devia ser destas experiências no modo de escrever que nascia em mim a vontade de escrever o que o POVO gostaria de escrever. Pensava: Alguém tem que retratar as coisas puras que nascem e vivem no imaginário das pessoas que falam, contam suas experiências e não são lidas. Aos anos foram passando e, a cada dia ficava mais feliz em escrever e me ver sendo lido. Era como se eu estivesse conversando com as pessoas através do que eu escrevia e elas iam lendo e falando. Nas aulas do colégio não entendia o porquê de escrever textos cheios de erros gramaticais, com falta de acentuação e sem pontuação. “Tirava sempre nota alta nas minhas redações e, um dia tomei a liberdade de perguntar as minhas pacientes professoras Thereza Pereira da Silva e Anita Parada: Elas responderam com a certeza de quem sabia tudo e muito mais sobre as nossas vidas:” Você de fato, José Milbs, precisa estudar mais as coisas da língua portuguesa. “
Mais não posso deixar de lhe dar as melhores notas por que você tem o dom da dissertação nata” Confesso que até hoje não consigo me adaptar as coisas do português correto e seus meandros gramaticais. Penso até, quem sabe, com o tempo procurar um copidesque que possa me fazer ficar mais inteligente nos textos e sem erros. Até lá vou fazendo assim mesmo e me desculpe os que vivem catando erros em meus velhos e novos textos.
A Fala do POVO é o que me seduz e a ele eu quero ser fiel. “Como se diz : Dexa está Jacaré, a lagoa um dia há de secar...”
A vida foi me levando e acabei tendo que assumir alguns textos em outros tempos. Hoje, com 56 anos de experiências no trato com a escrita, tive a alegria de ver meu trabalho ser colocado nos lares das pessoas através da INTER-TV. O reconhecimento de uma existência na busca das verdades e do não acocoramento ao Poder me foi útil. Centenas de amigos que comigo convivem no dia a dia da Internet fizeram e-mails felizes por me terem visto e mandaram incentivos. È a certeza desde dever que se cumpre o melhor dos prêmios. Vou continuar escrevendo. Hoje vendo outra Macaé: Cercada de prédios, cercada de galpões, esta cidade....
Pois é Sergio Quinteiro Cordeiro. A gente viveu uma época diferente numa cidade que cresceu muito. Uma cidade que sua avó Etelvina fez histórias, seu pai o simpático Cordeiro, sua alegre mãe Ilce que a gente sempre encontrava sentada na máquina fazendo suas roupas de menino, sua de Soninha e de Selminho.. Esta cidade, meu velho e querido ex colunista social do O REBATE, ainda existe em muitas mentes empoeiradas e felizes. Basta que a gente de uma balançada nas paredes que estas pétalas em forma de letras caiam e fiquem ai expostas a quem gosta de ler.
Ontem a TV me elegeu o mais antigo dos jornalistas e escritores da região de petróleo. Sabe como que venci este lindo concurso? Com o texto que você transformou em canção. Texto que a gente nem sabia que um dia iria fazer parte deste O REBATE e lido mundialmente no www.jornalorebate.com Está é a vida...
Que Sérgio Quinteiro esteja sendo recebido pelas vozes dos anjos que eles soube representar em sua vida. Breve todos nós estaremos ai, meu velho Escoteiro.SEMPRE ALERTA"...

José Milbs editor de O REBATE...


(José Milbs de Lacerda Gama editor de O REBATE, www.jornalorebate.com )

3.5.10

LATIFF MUSSI ROCHA O MESTE DOS MESTRES DE NOSSA IMPRENSA. SIMBOLO DE DIGNIDADE E SIMPLICIDADE.




O REBATE fez 78 anos de histórias no último dia 16 de Abril e estamos cumprindo nossa missão de não deixar que se perca no túnel das depredações de alguns piratas de plantão em nossa mídia, o que de belo e suado se encosta na historicidade de nossa gente.
Pescadores, pequenos sitiantes, gente simples, homens ilustres, ferroviários, comerciários, petroleiros e até, por que não dizer, politicos comprometidos com o POVO e longe do enriquecimento ilícito, fazem parte desta mistura de etnia que fortalece a cada dia os moradores da Região de Petróleo do RJ.
Gente como Luiz Cláudio Bittencourt, reporter fotográfico e historiador que se preocupa com o sagrado de nossa existência como cidade. É dele o email: "
Amigo Zé, uma fotografia de 1978 que mostra o Hotel dos Viajantes.
Guarde com muito carinho - precisaremos sempre dessa memória.
Quando eu for embora, a terra que me aguarde, eu volto !!!! Gosto muito daqui !!!
Dunga filho do cumprimentativo Zé Luiz.
Nunca um adjetivo bateu tão certo !!!
Abraço".
Fui educado, nos anos de 1940, tendo como exemplos a ser seguido, pessoas como o pai do Luiz Cláudio e tantos outros bons exemplos que a dignidade guarda nas catacumbas de nossos cemintério e que estão, com suas genéticas, sendo espalhadas nas véias de milhares de homens e mulheres que vivem em nossa região.
Foi com muita emoção que vi a foto do HOTEL DOS VIAJANTES do ano de 1923 e a de 1978. No ano de em que foi publicada a foto (1923) a cidade de Macaé abrigava poucos estrangeiros. Alguns vindo de Portugal com o Manoel Correa da Costa de quem ouvi lindas histórias que me foram contados no aconchego das CADEIRAS NAS CALÇADAS da Rua Doutor Bueno, 180 - Rua do Meio para os mais antigos -. Ali, sob o sombreamento de alguns árvores e abanado pelo vento ameno que vinha da Praia da Concha (hoje Praia do Forte e depois Praia dos Beijos), pude ouvir e guardar e hoje colocar gratuitamente no on-line de O REBATE e do GOOGLE, a presença desdes vultos humanos, simples, alegres e cumprimentativo como o pai do reporter de O REBATE Luiz Cláudio, Manoel Correa da Costa, Lafaiette Vieira, Julio Maximiliano Olivier, Miranda Sobrinho, Mathias Coutinho de Lacerda, Francisco Lobo, Henrique Daumas, Theodomiro e Waldimiro Bittencourt, Custódio José da Silva, Fábio Franco, Casculheiro (que doou seu patrimônio, um dos maiores de nossa cidade, composto de todo o Bairro dos Cajueiros, Imbetiba e o belissimo Morro em Frente a Praia do Forte, para a Casa de Caridade de Macaé e que, em sua maioria, foram destruido por Provedores da Irmandade durante anos e anos), Carlos Augusto Garcia e tantos outros que, no devido tempo irei dando continuidade.
Como dizia, eram destes homens que Macaé teve sua história alavancada. Nas CADEIRAS NAS CALÇADAS da Rua do Meio eu soube destas existência que tinham vindo de Portugal nos anos de 1900. Assim como Correa da Costa, Joaquim Sucena e José Murteira eram personagens marcantes em nossos atentos ouvidos...
Em 1978 o HOTEL DOS VIAJANTES era do mestre Latiff com quem aprendi a técnica e a coragem para escrever. Ali, no HOTEL DOS VIAJANTES, do Seu Latiff, as histórias macaenses são mais recentes mais não menos importantes para a vida da cidade.
Era neste lindo prédio, que mais tarde foi derrubado para dar passagem para o progresso, que morou dezenas de amigos de minha geração.
O seu Latiff Mussi Rocha era um homem extremamente simples e de uma perspicácia além de seu tempo. Mantinha o mesmo asseamento nos quartos e era famoso pelo servimento de almoços e jantares para os viajantes que pernoitavam em Macaé quando das longas viagens nos trens da Leopoldina. Pai de uma grande prole de macaenses que estão a enfeitar nossa história futura e presente.
Fundou a GAZETA DE MACAÉ onde muitos macaenses tiveram contacto com o jornalismo. Fiel as tradições libanezas no trato com as pessoas, "Seu Latiff" soube administrar centenas de amigos que, ao suceder a direção do jornal para seu filho e meu amigo Eraldo Mussi, continuou a sua vivencia sempre cercado de jovens e gráficos.
O REBATE, mantendo seu compromisso com a verdade histórica, orgulhosamente publíca para resgate de futuros historiadores, esta foto que, gratuitamente, poderá ser acessada, mundialmente, por milhares de pessoas que amam a historicidade.
Não foi em vão a presença, vindo de além mares, de MANOELCORREA DA COSTA, amigo de meu saudoso avô Mathias Coutinho de Lacerda que proporcionou ao O REBATE. e ao historiador e repórter fotográfico Luiz Cláudio Bittencout, este presente valioso que a fotografia nos brinda.
JOSE MILBS DE LACERDA GAMA, editor de O rebate deste 1966 e ex aluno de Seu Latiff e de Eraldo Mussi.

RECEBI ESTES DOIS EMAILS QUE HONRA MINHA HISTÓRIA EM BUSCA DAS VERDAEES HISTÓRICAS DE NOSSA IMPRENSA:

Ivana Machado Mussi 02/05/2010 - 20:47:11
José Milbs,
Há muitos venho acompanhando seu belo trabalho em O REBATE on
line, mas desta vez vc me pegou...
Me emocionei, me orgulhei , e constatei que é
nosso dever colocar no papel as histórias de nossa terra.
Meu avô Lattif e meu
pai Eraldo me deixaram um grande legado, o da escrita, da arte e tenho muito
orgulho disso.A Gazeta de Macaé e o Hotel dos Viajantes fizeram parte de minha
infância e te agradeço de coração esta bela homenagem.
Parabéns por ser um dos
responsáveis por cuidar do nosso patrimônio material e imaterial, nossa terra
merece!!!!


PESSOAS QUE FAZEM NOSSAS HISTÓRIAS
Marcelo Machado Mussi 02/05/2010 - 19:13:15
Querido amigo e jornalista Jose Milbs, é com grande alegria e nostalgia que
recebo está bela foto e imagem que me transporta a tempos muito felizes neste
Hotel do nosso saudoso e querido avô Latiff. Parabéns Zé, resgatar parte da
nossa história é perpetua-la, so pessoas de sensibilidade e veia jornalistica
como a sua, é que fazem nossas historias.
Grande abraço meu amigo.