Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

25.2.11

Escrever na Areia e escrever na Pedra..




Diz uma lenda árabe, que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram, sendo um deles esbofeteado, ofendido e sem nada a dizer, escreveu na areia.

Hoje meu melhor amigo me bateu no rosto.
Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram tomar banho, o que havia sido esbofeteado começou a se afogar, sendo salvo pelo amigo, ao se recuperar, pegou um estilete e gravou em uma pedra.

Hoje meu melhor amigo salvou-me a vida.

Intrigado, o amigo perguntou:
-Por que depois que te bati, você escreveu na areia, e agora escreveu na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
-Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregará de apagar, mas quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração, onde vento nenhum do mundo tem poder de apagar.

Gravei na pedra da memória nossa amizade, onde vendo nenhum do mundo tem poder de apagar...
LUIZ ZATAR, POETA, ADVOGADO, ESCRITOR E GRANDE ARTISTA, ESCREVE E FALA DE SUA AMIZADE COM O EDITOR MILBS:
Luiz Zatar escreveu:
"José Milbs, meu grande parceiro de sonhos, de letras, de tantas obras literárias, de tantas lutas para conscientizar um povo, você já é uma lenda, - ter um amigo lendário então não poderia ser mais mágico, pois é um construtor de mentes, um alicerce para tantos exercitarem o dom da palavra e concretizar a maior das artes. Que sua estrela brilhe cada vez mais potente, guiando-nos, dando rumos e oferecendo com essa generosidade as portas abertas do seu coração, de sua alma imensa, vasta, riquíssima e única. Parabéns pelos enormes feitos e grandes conquistas!"

16.2.11

morre dona Zelina, Grande história de nossa região...



MORRE ZELINA VIEIRA MEIRELES, EXEMPLO DE VIDA E AMOR A REGIÃO DO PETRÓLEO
Familia das mais tradicionais de Macaé, casada com o queridissimo Walter Veira, mãe do Teatrólogo Ricardo Meireles e de Lia Vieira. Sempre alegre, distribuindo acenos e afagos aos mais novos, sua morte deixa uma lacuna grande nas amizades macaenses e fará muita falta nas suas caminhadas em nossas ruas.
Maca[e vai ficando cada dia "mais menor" com a perdas constantes de nossos pilares. Feliz por saber que os frutos estão por ai para dar seguimento a vida.
Atendendo ao desejo de nosso companheiro, Mestre e Comandante, Waldyr Tavares, a Liga Operária enviou as condolências que transcrevo abaixo:

Ricardo e Lia...
Um nome do Companheiro e Comandante Waldyr Tavares envio as condolências da LO do RJ pela morte de Zelina Meirelis Vieira que sempre foi um exemplo de esposa, mãe, amiga e companheira nas lutas que a vida lhe pos a prova,
Waldyr não teve como escrever e me incumbiu de fazer esta missão. Suas lagrimas e da sua companheira, comtemporaneos dela e de Walter não deram espaços para o raciocinio do texto.
Sai de cena, do palco da vida e da história de nossa região a mulher que nos presenteou com as alegres vidas de vc e de Lia...
Transmita a ela e aos seus filhos Mariana e Filipe que a vida continua embora com cheiro ativo da saudade que sei ficar ativa a vida de vcs.
Fraternalmente,
José Milbs de Lacerda Gama - Waldyr Tavares
Liga Operária

7.2.11

A Figueira Centenária, na Ponte do Rio Macaé, que não existe mais e faria 200 anos em 2013...




Na cabeceira da Ponte, à esquerda de quem entra para onde se ia em direção a Bicuda Grande, tinha uma linda e frondosa Figueira onde os cavaleiros vindos de rodagem. Imburo, Capelinha, Carapebus, Conceição, Macabuzinho e Virgem Santa apeavam-se dos animais, recolhiam de suas testas brancas pelo vento úmido e frescamente suave de longas cavalgadas e esticavam suas rédeas em enrolamentos que, longe de ferir a bela Figueira, trazia o sustento em estrumes deliciosamente puro e cheirosos para seus futuros frutos.

Havia um colégio onde uma tia dela de nome Cacilda, a Cidoca , a meiga menina que tinha voltado para Macaé depois de um longo período em Campos fazia se professora e educadora. "Santa" Trazia seus pais adotivos já que o seu tinha falecido em Campos e estava em campanha ainda de um irmão Euclides, Naqueles anos de belezas naturais os percursos eram todos em lombo de cavalos.

Um dia veio um comerciante da Bicuda Grande e convidou a jovem professorinha de l7 anos para lecionar num colégio naquele distrito. Aceitava se pudesse levar o casal de velhos seus pais adotivos, os Moreiras/Lourenço. Concordado, ela foi para lá e instalou se no outro lado do riacho que corta o ameno e puro distrito de Bicuda Grande.

Um dia o fazendeiro Chico Lobo manda um emissário a casa dos velhos pedir a mão desta menina em casamento. Casaram se e deste enlace nasceram l3 filhos Dácio, Mires, Penha, Joca, Zilma. Zelma. Zé Carlos(pitico), Carlos Alberto(pingo). Sendo que morreram Alvacyr, Sonia, Alpheu e Thalis.

Assim como sua prima irmã Nhásinha, Santa tem sua vida ligada a bicuda grande, Capelinha e Carapebus.

Nhasinha se casou com Mathias Coutinho de Lacerda e ela com Francisco Nogueira Lobo que eram sócios na fazenda nesta localidade. Mathias e Chico Lobo herdaram a fazenda na bicuda na parte que tocou a Mathias por morte de sua 1ª esposa que era irmã de Chico Lobo.

Creio que foi deste troco dos Tavares da Silva, de Emílio e Bernardo, que se originou todos os Silvas e Tavares espalhados por esta rica região macaense. Santa nasceu em l893 e Nhasinha em l899.

Gostaria de citar a titulo de história que nesta época, anos l900 mais ou menos tinha dois grandes fornecedores na Bicuda Grande e na Pequena. Eram os senhores Pedro Lins vindo do norte do país e Joaquim Borges desta mesma região.

OS LINS

Os Lins vierem para Macaé, como Sátiro e João que se estabeleceram no comércio. Os Borges, Abílio idem no comércio local e outro que foi para Minas Gerais, em uma cidadezinha de nome Passa Quatro onde teve filhos e uma das mais famosas foi dona Maria José Borges Guedes que era e pianista.

Interessante frisar que uma das alunas de tia Santa na Bicuda Grande foi dona Arlete Pinto que, nesta época ainda menina e já apreendendo os dotes de seus deliciosos petiscos, veio a ser uma da senhoras mais respeitadas e queridas de nossa sociedade.

A história da Bicuda Grande passa também pelos Francos um dos primeiros a habitar o lugar. O primeiro Franco, chegou de Portugal, desembarcou em Cabo Frio e lá chegou com escravos. De lá nasceu o nosso Jayme Franco que deu origem ao amigo do autor Geraldo Aza Branca que junto com Marcioney deixou saudades nas noites macaenses.

Geraldo era dos poucos que lembravam das grandes figuras das nossas ruas. Falava de António Broa, de Mica, de Baeca e de muitos das nossas esquinas mal iluminadas.

Sempre que vinha à Macaé, pois está em São Paulo, vem me aporrinhar nas madrugadas. Chega qualquer hora com Samuel e me acorda alegre com suas histórias macaenses. Gosto de seu jeito meigo de me aparecer no Sítio onde moro.
Jose Milbs de Lacerda Gama, texto do livro on-line SAGA DE NHAZINHA

4.2.11

Luany Caetano, nasceu na cidadezinha de Macaé, menina simples que fala em SER MÃE ADOLESCENTE




Mâe Adolescente numa cidade ainda cheia de preconceitos de famila e religião fez nascer uma declaração livre e sem nenhuma pretenção por parte de uma jovem de 20 anos.
No Orkut, centenas de pessoas já estão transcrevendo o texto e, hoje, com a autorização de Luany Caetano, faço público, mundialmente acessado através de nosso convênio com o Google, esta obra que nasceu da cabeça simples de uma menina de 17 anos ainda gestante de sua filha Pietra...
Pietra, Luany e Ricardo vivem a felicidade, a alegria e o reconhecimento das belezas e encantamento que cercam a existencia humana.
De Luany sei que foi uma menina de um projeto que trabalhou no CETEP com Angela e só deixou amigos. De sua familia sei da genética que vem de meu amigo Didi Caetano e que passa por Renato e outros descendentes...
É gratificante, para o escritor e cronista. quando, na busca de textos, encontra esta beleza criada por uma anjo de 17 anos na esperança da vinda de outro anjo...

MÃE ADOLESCENTE
Luany Caetano
As lágrimas que derramei quando descobri que você iria chegar, certamente não foram de felicidade, e por isso eu te peço perdão minha pequena. Foram lágrimas de uma menina que não entendia ainda o quanto maravilhoso era ter você nos braços. Por mais que naquele momento milhares de coisas insignificantes viessem em meu pensamento, rapidamente entendi o que era o verdadeiro amor que crescia dentro de mim. Os meses foram passando e a ansiedade de ter você era sempre maior! Descobrir que os 9 meses na verdade eram 36 semanas foi torturante e os dias de fazer ultra-som pra ver o seu rostinho eram sempre contados a dedo. Não foi fácil encarar as más línguas e os olhares tortos; Não foi fácil ter que suportar pessoas te observando e perdendo todo o tempo falando de nós; Não foi fácil ouvir que eu havia feito uma burrada e que essa minha gravidez indesejável acabaria com minha vida; Mais o que ninguém sabia é que essa burrada fosse me fazer a pessoa mais feliz do mundo, e o que eles chamaram de indesejável e ousaram dizer que acabaria com a minha vida, foi na verdade o que a deu sentido. Hoje sei o quanto valeu a pena tudo que passei, e tenha certeza que eu não abri mão de nada que não fosse recompensado com o amor que você me proporciona nesse tão pouco tempo de vida. Obrigada por você existir e me fazer a mãe mais babona e mais feliz do mundo.
Eu te amo mais que tudo,minha paixão,meu amor,minha vida.


Um diα me disserαm que ter um filho e αbrir mão dα bαgunçα iα ser difícil. Que encarαr umα sociedαde hipócritα por ser mãe αdolescente iα me pedir forçαs infinitαs. Me fαlαrαm dαs dores do parto, do corpo diferente depois, dαs noites mαl dormidαs e dα juventude perdidα. Mαis nuncα me contαrαm que o difícil mesmo era tentαr gαnhαr o mundo e não poder ficαr com esse pedαcinho de mim 24hs por diα. Que cαdα sorriso eu gαnho vαle mais que umα bαlαdα, beijos sem emoções e bebidαs que no diα seguinte não são boαs recordαções. Não me contαrαm que esse cheirinho de bebê empreguinα nα αlmα e que ficαr sem ele, nem que sejα só pαrα comprαr αlgumα coisα pαrα comer, fosse doer mαis que α própriα fome. Agorα eu sei por que nuncα gostei de ouvir... As pessoαs fαlαm demαis, criticαm demαis. Por isso temos sempre duαs opções: reclαmαr ou simplesmente ser feliz. Eu escolhi ser feliz... Sempre! - Sim, EU SOU MÃE e a Mαe mais feliz desse mundo por ter Pietra minha filha em minha vida TE AMOOOOO FILHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA<

_ Eu apenas queria que você soubesse Que aquela alegria ainda está comigo E que a minha ternura não ficou na estrada Não ficou no tempo, presa na poeira Eu apenas queria que você soubesse Que esta menina hoje é uma mulher E que esta mulher é uma menina Que colheu seu fruto, flor do seu carinho Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta Que hoje eu me gosto muito mais Porque me entendo muito mais tb...


José Milbs de Lacerda Gama, editor, jornalista, cronista e diretor de O REBATE www.jornalorehate.com

2.2.11

Carlos Curvelo e Valeria Brandão. Duas histórias na diferenciação de um mundo distante e bem perto...

O Porto do Limão, Rua da Bôa Vista, José Ribeiro e uma grande parcela do mundo da espiritualidade da regão, perdeu a amiga Valéria Brandão, filha do alegre e queridissimo Jonas e da simpática Dona Fifi. Valéria faz parte da história do Bairro Bôa Vista, hoje Rua Governador Roberto Silveira. Sempre ali, numa casa habitado por seus ascestrais em anos de histórias...
Alguns de seus irmãos, e são muitos, sairam das poeiras desta região antiga de Macaé e se projetaram no resto da comunidade. Valerinha não. Ela nasceu, criou-se, viveu e morreu ali mesmo, ao sabor dos ventos carinhosos do Rio Macaé que banha o quintal de sua casa.
Carlos Curvelo, grande "Carlinho Curvelo" para os amigos. Sempre cordial. Sorriso matreiro em encontros diários na Rua Visconde de Quissamã onde residia. Sua história se confunde com a verdadeira história do comercio da região. Um dos primeiros a se lançar no perigoso mundo da venda de Eletro Doméstico numa época que a timida vida macaense não oferecia vantagens financeiras ele acreditou na empreitada. Junto com seus familiares, Carlinho Curvelo, com Tio Nico e Serginho, seu querido filho e amigo foi abrindo este leque comercial e dando os primeiros créditos. No inicio aos Ferroviários e logo em seguida a toda cidade...
Já cansado pelos anos que lhe tombava o corpo frágil mais jamais o sorriso alegre ele deixa este mundo. Talves levando a saudade ao encontro de Serginho ou de Sadizinho ou mesmo de Tio Nico Curvelo...
A cidade ficou um pouco menor a partir de hoje...
As Familias Curvelo e Brandão os sentimentos de O REBATE...
José Milbs de Lacerda Gama editor

1.2.11

FUNDADOR DO MDB, E EX PREFEITO DE MACAÉ, MORRE AOS 74 ANOS...




Macaé ainda era uma cidadezinha do interior do Estado do Rio de Janeiro e, chamada de CIDADE PURA por meu amigo e escritor Paulinho Mendes Campos. Carapebus era o Terceiro Distrito e todos que moravam lá vinham estudar no "Colégio Macaense" que ficava em frente ao antigo Theatro Santa Izabel. Numa desta leva de jovens nos anos de 1940, veio Nacif Salin Célem. Fizemos admissão juntos. Ele mais velho dois anos e cursamos o primeiro ano ginasial.
Jogos de peladas, idas e vindas ao "Carolo" do pai de Roberto Bueno de Paula Mussi, Dico e Ivete. "Corolo" era uma pedra de açucar que ficava nos restolhos da fábrica e que a gente se alimentava durante os jogos.
Nacif foi perdendo a timidez de menino de interior e foi se adaptando as nossas brincadeiras. Algumas de suas irmães também vieram e foram ficando amigos. Jamile e o irmão Jamil veio tempos depois.
Quando tinhamos tempo iamos a casa de seu pai, um simpático e alegre Libanês que morava a esquerda depois da linha férrea no destino de Quissamã...
O Tempo passou e Nacif se tornou um lider em Carapebus e um forte candidato a vereador onde se elegeu com o apoio de Claúdio Moacyr. Logo em seguida teve seu nome indicado para ser vice prefeito e, num curto espaço de tempo, foi Prefeito de Macaé o fez grandes obras no local onde nasceu e está sendo velado...
Tivemos bons momentos na Vida Pública. Eu vereador em 1966 e ele lider comunitário e vereadoe nos anos 70. Fiel amigo de Cláudio Moacyr era sempre visto na Rua Curindiba de Carvalho em longos papos com Dona Zelita Rocha de Azevedo que tinha por ele um grande afeto...
Ultimamente o meu velho amigo de bancos escolares andava sumido das Conversas de Rua. Soube que um doença o tirava do convivio popular mais sempre estava perguntando por todos que fizeram parte de sua história.
Colega de Câmara de Venicio de Oliveira e de vários ex vereadores seu sepultamento está sendo realiado na hoje cidade de Carapebus. Veníco irá representar os velhos amigos dele...
Aos familiares os sentimentos de O REBATE jornal que sempre esteve ligado aos seus passos desde 1966.
Jose Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com